Era um vilarejo. Pelo que li na placa: “São Tatim”. Contei as casas e tentei imaginar em que lugar poderia acampar. E com quem poderia falar a respeito. Eu já tinha estrada suficiente em minhas costas pra saber que devia falar com algum morador. Olhei em minha volta e encontrei uma porta aberta. Não havia outra opção. Entrei. E vi um balcão de bodega entupido de coisas, como um mercadinho improvisado, que servia de apoio a um homem muito magro e notoriamente alto. Dei um sorriso e puxei prosa. Seu Josias. Sujeito simples; vi em seu olhar o brilho de uma alma alvorada por uma vida de calmaria. Foi quando colhi a informação de que chegara à porta certa. Ali era onde se tirava passagem pra ônibus intermunicipal. Onde se podia alugar um quarto pra dormir. E ainda, onde se podia comer. Tomar um banho. Beber um trago. Enfim, tudo que fosse básico. Expliquei minha situação de viajante, interessado em acampar por uma noite e seguir no dia seguinte. Ele riu e me disse que não conhecia gente c
Literatura, arte e conhecimento