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Mostrando postagens de novembro, 2018

O caminho

amai a estrada o sol a sede e a grama amai um tanto de fome e a chuva amai vossas sandálias e cultivai o vosso espírito para que liberte sua mente e seu corpo amai as florestas e as infinitas BR’S amai os pássaros e tudo que for livre amai o silêncio e a lona que plantou no recanto que escolheu amai sobre a vida e a morte o sossego que  encontrou amai sem dó ou pena o próprio caminho e antes de tudo amai e respeitai a caminhada daquele que ainda vaga em busca da própria fé

Sobre felicidade e enquadramentos sociais

Não se pode pensar em viver totalmente desligado dos padrões sociais, quando convivemos em sociedade. Porém, se pode escolher, em quais padrões vamos nos encaixar. Quando nascemos, somos recebidos por semelhantes, enquadrados dentro das próprias escolhas e sentimentos. Eles podem ser de cunho pessoal ou externo. Com o tempo, acontecem os conflitos, pois todo mundo precisa escolher o que fazer de sua vida, em um dado momento. E nem sempre seremos felizes, de acordo, com as escolhas e os sentimentos de quem nos recebeu e nos expõe um caminho. Enquanto humanos ainda somos primitivos demais em relação à nossa própria humanidade. E isso acontece devido ao grande esforço que o sistema faz para nos moldar de acordo com sua ideologia de dominação que, antes de tudo, prevê um modelo consumista e competitivo em todas as instâncias e que promove um espelho para que possamos, aparentemente, perceber o que é certo. Nesse momento nos confrontamos com o status quo e as nossas vontades, pelo s

A avalanche da caretice e a dificuldade de fazer Literatura Beat no Brasil

Nasci em 78. Um tempo em que nem ao menos se cogitava a possibilidade de, um dia, ter internet. Era tempo de livros impressos. A gente também não pensava na oportunidade de ler um e-book.   E quando se fazia zine, usava-se o mimeógrafo e ninguém idealizava ter uma impressora, em casa, para imprimir o trabalho. O tempo passou, e hoje, temos a internet. No início foi um desafogo para todo mundo, que se envolvia no lance de escrever no estilo beat. Postar na rede nos deu esperança. Mas essa esperança foi embora. E foi embora por conta de uma avalanche que nos consome. Sofremos do mal da distopia virtual. Sim, na qualidade de humanos, fomos sequestrados por essa mazela. Ao tempo em que esparramamos cartões fofos e mensagens de ostentação, deixamos de lado a realidade e subimos a nossa cota de antidepressivos e remédios contra ansiedade. É claro, viver na mentira enlouquece qualquer um. E hoje em dia, o estilo beat volta no tempo e assume, como seu canal, a impressora e não a internet.