Não se pode pensar em viver
totalmente desligado dos padrões sociais, quando convivemos em sociedade.
Porém, se pode escolher, em quais padrões vamos nos encaixar.
Quando nascemos, somos recebidos por
semelhantes, enquadrados dentro das próprias escolhas e sentimentos. Eles podem
ser de cunho pessoal ou externo. Com o tempo, acontecem os conflitos, pois todo
mundo precisa escolher o que fazer de sua vida, em um dado momento. E nem
sempre seremos felizes, de acordo, com as escolhas e os sentimentos de quem nos
recebeu e nos expõe um caminho.
Enquanto humanos ainda somos
primitivos demais em relação à nossa própria humanidade. E isso acontece devido
ao grande esforço que o sistema faz para nos moldar de acordo com sua ideologia
de dominação que, antes de tudo, prevê um modelo consumista e competitivo em
todas as instâncias e que promove um espelho para que possamos, aparentemente,
perceber o que é certo.
Nesse momento nos confrontamos com o
status quo e as nossas vontades, pelo simples fato de que cada indivíduo recebe
a mesma situação de maneira diferente. Assim somos, enquanto pessoas,
desacomodados por natureza, por essência.
Acredito que seja impossível sermos
felizes, se vivermos em contradição com o que sentimos. Por isso, a nossa
felicidade não está no caminho em que escolhemos, mas na certeza de termos
seguido o que queríamos e não o que nos foi imposto.
Em minha ótica, entendo que, é
preciso olhar ao redor, sentir, escolher e viver. Pois, penso que a vida não é
o que nos aprisiona. A vida é o que nos liberta. E a felicidade, também.
Por fim, penso que repartir é sempre
melhor do que acumular. E, em minha forma de ver, saber receber e aproveitar o
caminho, é muito mais saudável do que, simplesmente, escravizar o nosso eu
interior.