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Mostrando postagens de maio, 2018

Esperança

quero ver o mundo em forma de poema grudado no muro tenho dias de solidão outros de multidão mas sempre caminho devagar gosto de sentar nas praças ler o mundo e anotar não sei se isso é denúncia ou mesmo poesia mas é o que leio e vejo e isso me toca me toca com amor me toca com força e explode sempre na ponta de minha caneta e quando olho para o papel em que detonei as palavras que encontrei vejo muito mais esperança do que tristeza pois eu acho que vi um sorriso que era seu

Uma pergunta que sempre me tirou o sono e a paz

Passei minha vida lendo, debruçado na escrivaninha, a fazer fichas de leitura, desde garoto, quando frequentava o colégio, ao tempo de imaginar que ler era capaz de proporcionar o bem para as pessoas, algo como, a libertação. Sempre acreditei que se pode prender um corpo, mas nunca uma mente aberta. Contudo, como abrir a mente, sem ler? Essa pergunta sempre me tirou o sono e a paz. Porém, acho que cheguei ao ponto em que não tenho mais como continuar a me preocupar com essa questão.  Com o passar dos anos, compreendi que não podemos combater ideologias massificadas, com ingenuidade. Cresci em um tempo em que escrever era coisa para combater o sistema. Havia um ponto em comum para alvejar. Queríamos transcender. Nossa mente era trabalhada desde cedo para extravasar os limites, para destronar o poder. Mas, isso mudou. Não conseguimos, enquanto sociedade, ultrapassar a barreira da massificação. E, atualmente, a desejamos com um fervor que em minha ótica nunca fora tão forte. Tivemos