Vivemos um tempo em que o valor está no status. Então, um livro só tem importância se nos servir de ostentação ou diferenciação
sobre os demais em algum momento. Em nosso mundo, ter é melhor do que ser ou
viver.
Vejo nas redes-sociais milhares de posts a
respeito de livros. E embora muita gente se diga um leitor compulsivo, que
compra mais do que consegue ler, livrarias e editoras seguem mergulhadas em uma
crise profunda.
É uma situação que nos deixa, muitas vezes,
sem palavras, pois mesmo gigantescas livrarias como a Saraiva e a Cultura atravessam
um período difícil em 2018 e consigo arrastam as abaladas editoras.
Em meu modo de ver, não lemos nem quando compramos
um livro. Esta é a verdade que tomo com base no que observo.
Pois comprar o livro mais badalado do momento rende um post que proporciona
um elevado número de positivos e isso nos qualifica como populares e eruditos.
Contudo, no momento em que observamos a
intimidade ortográfica ou intelectual do usuário, percebemos que aquilo nada
mais é do que um trampolim para parecer intelectualizado e, com isso, atingir um
objetivo indireto.
O importante não é ler, mas dizer que lemos, ganhar a pessoa que nos interessa, conforme nosso objetivo, e termos a
“certeza” de estarmos sendo altamente valorizados socialmente.
Agora eu pergunto a você que discorda de minha
visão, “se a gente lesse de verdade, estaríamos em uma crise como esta, em que
denotamos nossa mediocridade em relação a tudo e todos?” Eu creio que não.
De minha parte, penso que a educação
silenciosa é uma saída viável para mudar tal situação. A qual se pode condensar
no revolucionário ato de ler, todo dia, bem no meio de nossa sala, para que todo mundo possa ver.