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Mostrando postagens de março, 2020

O mundo tem vapor e espírito de trovão

o mundo tem um grande espírito e um cão uivando no topo da coxilha eu vejo um gavião no alto do céu e um cavalo que corre e corta a planície o mundo tem ar o mundo tem água o mundo tem fogo o mundo tem terra o mundo tem vapor o mundo tem um grande espírito eu vejo o cão e o gavião eu vejo o cavalo e um trovão o mundo tem um grande espírito e um cão uivando no topo da coxilha eu vejo um gavião no alto do céu e um cavalo que corre e corta a planície o mundo tem ar o mundo tem água o mundo tem fogo o mundo tem terra o mundo tem vapor o mundo tem um grande espírito eu vejo o cão e o gavião eu vejo o cavalo e um trovão

As pedras

dick tinha um celular se dizia loneiro e queria fazer um post dick era velho mas ainda não entendia a diferença entre pedra de maluco e pedra de you tuber

O presidente do ódio

Sinto-me na obrigação de escrever este texto. Enquanto o Coronavírus se esparrama pelo mundo e pelo Brasil, o presidente do ódio, Jair Bolsonaro, segue polarizando em nome do poder. Em descrédito com boa parte dos brasileiros e em franca derrocada diante de seus colaboradores, ele não tem outra saída. Se não polarizar, se não radicalizar, o falso messias sabe que não se manterá como presidente de nossa nação, devido a sua total incompetência. Sem medidas econômicas e sem política alguma capaz de proporcionar uma vida melhor aos brasileiros, Jair Bolsonaro não tem a mesma simpatia e nem o mesmo apoio que o levou ao poder. É um presidente que se isola em seu mundo fantástico e lunático. A ele, nada de bem-estar interessa. O mesmo age como um mimadinho que não aceita ser contestado e não assimila qualquer crítica que seja. Sem coração ou mesmo intelecto, Jair Bolsonaro se posiciona na contramão do mundo e tenta desqualificar a urgência pela qual o país encontra-se devido ao surto

A caminhada

o silêncio e a palavra fundem-se com a liberdade e a luz resplandece finalmente apontando um caminho tão habilidoso que chega ao ponto de me salvar não vejo monstros nem ouço vozes não sinto medo nem insônia e tudo que me alcança é paz  e serenidade respiro fundo sinto alívio e mantenho-me calado abro meus ouvidos e meu coração estendo minhas mãos ao universo e confio que ao caminhante tudo será revelado

A poesia

estico a lona ponho o fogo ao pé do cobertor deito a cabeça na poesia e meu coração me mantém vivo por mais um dia e um dia em minha mão é muito tempo

Cultura de expectador e autocentrismo

Passei boa parte de minha vida ouvindo que o melhor modo para usar uma televisão era deixando o aparelho desligado. Ouvia isso dos que aprendi a admirar. E quando chegou a internet, pensei que finalmente haveria um oásis. Um lugar para libertar-se e comungar com o saber. De início a WWW era um canal para tudo que o convencional repudiava. Em miúdos, a televisão rejeitava o homem sábio e o pensamento livre, enquanto que a internet arrebanhava a pluralidade. O tempo passou e cá estamos, envoltos em bolhas virtuais e mais comandados do que nunca. Mais uniformes a cada dia. Até uma nota de avaliação a gente tem. Uma nota com base em conceitos estabelecidos em distinções pejorativas, é importante frisar. Em massa, agimos em busca de conteúdo de qualidade e de graça. Sim, afinal, pagamos a nossa conta de celular e agora o mundo deve dar de balde tudo que desejamos. Vivemos a cultura que instrui: não aceite menos do que você merece. Eu pergunto, temos algo a dar? Pelo visto, temos a rec

Eu quero um alfinete

Em uma sociedade competitiva, pouco instruída e extremamente consumista, como esta em que vivemos, caminhamos a passos largos para o colapso total. Agimos reativamente a base de condicionamentos excessivos e cumprimos com o papel que o sistema espera. Como se a gente pudesse ter acesso a um tipo de comprimido certo para nos mantermos confortáveis em nossas ilusões. A sociedade treina seus indivíduos para que se comportem como adestrados. É uma espécie de programação mental. Quando a gente acerta, ou melhor, quando agimos conforme o esperado, ganhamos mais um comprimido como sendo a nossa recompensa e nos sentimos satisfeitos de novo. Contudo, tenho de ser honesto, alguém deve ter colocado o frasco com os meus comprimidos em seu bolso e o acaso me livrou da subserviência. Vejo uma luz. Um novo caminho. Quero fugir do colapso total. Quero escrever. Quero evoluir. Quero evitar mecanismos de indução e controle mental. Eu quero um alfinete para furar a bolha.

O exilado

Estou convencido de que o único modo de livrar-me de um hater que se infiltrou em uma de minhas contas sociais é eliminar a conta. Após este passo, pensarei se abrirei uma nova. Se o fizer, serei extremamente seleto ao que tange o círculo de convivência. Em tempos de intolerância, é uma medida necessária. Infelizmente, em um primeiro momento, é uma decisão radical. Porém, depois de um ano ou mais de tentativas sem sucesso em expurgar o mal, preciso de um basta. C ortarei o tronco e não os galhos. É um tempo de exílio. E de ouvir o barulho que sai do carrinho da máquina de escrever.