Não há como escolher uma reunião
dançante para a tarde de sábado sem aborrecimentos e Fausto Wolff já nos deu
uma boa canja sobre isso. Também posso citar Krenak, que já avisou: quando um
indivíduo ganha um logotipo, quem acaba aparelhado não é o povo. Acho que é uma
boa verdade para seguir. Vejo muita gente lutando uma guerra ilusória para o
todo e bem afinada com os próprios interesses. Quem está bem habituado dentro
de um logotipo costuma acumular ao invés de repartir. É preciso ter ciência de
que quando a gente se vê com uma bandeira nas mãos nos afastamos da sociedade
civil e nos aproximamos das reuniões dançantes que normalmente acontecem em
algum espaço com um logotipo no alto da porta. O que posso dizer sobre portas é
que elas costumam impedir a entrada dos civis. Afinal de contas,
historicamente, quem fica do lado de fora é o povo, enquanto alguém o
representa lá dentro. O povo quer um parceiro para desenvolver a comunidade. Já
o ativista, que aceita uma roupa de “assessor”, precisa de uma reunião dançante
para frequentar e pleitear interesses em comum com os seus logotipos
preferidos.
O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se