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Sobre o campo das ideias e o nosso comportamento

É comum que falemos a respeito de assuntos diversos, quando nos reunimos entre amigos ou grupos. E, nos tempos de hoje, o uso de aplicativos para comunicação de pessoas tornaram-se uma espécie de sala para conversarmos e trocarmos ideias e informações.

De modo que, nem sempre precisamos estarmos presentes fisicamente para dialogarmos uns com os outros. E, nos últimos tempos, a internet tornou-se mais presente em minha vida, após um período de isolamento. Queria desintoxicar, entende?

Enfim, agora, retornando ao convívio social, seja presencial ou virtual — e bem longe de ambientes e redes tóxicas em demasia —, um recorte me chamou atenção, por conta do grande número de pessoas, que suscitaram o debate a respeito da necessidade de mudança individual em prol do nosso crescimento enquanto sociedade.

As opiniões são vastas e os apontamentos, também. Assim sendo, entre uma conversa e outra, procuro expor minhas ideias, sem dizer o que o outro deve fazer. E, tenho notado, que minhas colocações encontraram representatividade de uma maneira mais eficiente.

Depois de expor meu pensamento, não dou continuidade ao diálogo e deixo a cadeira de interlocutor para outra pessoa. Eu falo e ouço. E, tenho tomado tais atitudes; porque, estou realmente interessado em evoluir. Então, a partir do momento em que passei a depositar responsabilidades exclusivamente sobre a minha pessoa, encontrei uma situação que me favoreceu enquanto indivíduo.

O meu nível de estresse baixou para zero e a minha cabeça oxigenou. Sim; pois, com o argumento: respeito a sua opinião, seguido de um silêncio avassalador, tornei-me imune aos aborrecimentos — um aprendizado que devo aos círculos herméticos.

Contudo, quando encontro conexão com o outro, procuro aprofundar o debate e demonstrar interesse pela sua linha de raciocínio. Parece simples; porém, dialogar é uma arte, que foge ao campo do convencimento e favorece o convívio.

Por isso, aprendi a recusar o ringue e a aceitar a roda; porque, sempre que uma ideia surge em tom de batalha, identifico a pessoa como alguém em posição de moderador. E, tal arranjo, não favorece meu crescimento, conforme experimento o mundo em prática.

Afinal, existe uma grande diferença, entre um pensador e um disseminador. O primeiro quer falar, ouvir e digerir assuntos, em primeiro lugar, para depois formar sua posição em definitivo; mas, o segundo, interessa-se somente em argumentar e vencer o debate.

E, neste caso, não se pode levar adiante a situação, por conta do clima de disputa que se instaura. Obviamente, que não penso estar certo o tempo todo; contudo, também, aprendi que o mundo se divide em campos inclusivos e exclusivos. E, enquanto ser, prefiro ideias inclusivas às exclusivas.

Outro detalhe, que me chama atenção: é que estamos cercados por ideologias e artifícios de programação mental, que colonizam a humanidade desde os seus primórdios, um fato que acabou industrializando o pensamento de uma parcela significativa da nossa sociedade.

Sendo assim, depois de identificar tal situação, fecho minha linha de pensamento, em tal texto, dizendo que aprendi a ver-me como um monge, que sobe a montanha com paciência e que aprecia a caminhada, ao tempo em que o tolo, permanece ao pé do caminho, em busca de conquistas e vitórias, que travestidas de razão, em nada podem contribuir para um futuro melhor.

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