O domingo foi louco. Os cachorros
latiam sem parar ao tempo em que motos voavam pela rua e zuniam em nossos
ouvidos. Fiz o melhor que pude para acalmar meus irmãos peludos; mas, como
disse: foi um dia louco e quando a tardinha chegou eu precisava de um bom
banho. A água quente aqueceu minha carcaça velha e tão logo sentei no sofá e
liguei a TV esbarrei no soldado Ryan. Fiquei me perguntando sobre o que se pode
dizer para uma mãe que perde todos os seus filhos em uma guerra? — enquanto assistia
ao grupo de soldados em busca de Ryan, o único filho ainda vivo, também me
perguntei — o que se pode dizer para uma mãe que perdeu um filho na guerra? A perseverança
leva o grupo de busca até o soldado Ryan e o encontra na cabeceira de uma
ponte. Ele e seus colegas de batalhão esperavam por reforços e além de pouco
armamento, também estavam com pouca munição. Quando Ryan é informado de que
todos os seus irmãos haviam morrido em combate e que as ordens eram para que
ele seguisse para casa, o mesmo se nega e pede ao capitão que avisasse sua mãe de
que ele ficaria para lutar junto dos únicos irmãos que lhe restaram. A partir
daí, eu me perguntei, por que ficar? A batalha desenrola e depois de muito
sacrifício e dificuldade, Ryan e alguns poucos homens conseguem sobreviver. Porém,
Ryan tem uma missão: merecer o sacrifício dos que morreram. Ao fim do filme, O
Resgate do Soldado Ryan, fiquei pensando em porquê o mundo é um lugar assim,
tão louco?
O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se