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Mostrando postagens de dezembro, 2023

Livre feito palavra

Quero sentir o vento em meu rosto Ouvir os pássaros Sentar embaixo de uma árvore e trocar ideias   Sou filho da contramão E me criei na calçada   A vida é um pingo de paz Um raio de sol E um punhado de linhas anotadas   Sou livre feito palavra E da vida Não quero mais nada

Sobre os alquimistas e os inteligentes

O alquimista é um ser humano que traz a sabedoria consigo, pois não baseia suas buscas em projeções e convicções cristalizadas. Ele tem uma linha de raciocínio aberta. E realiza experiências para encontrar as melhores respostas sem a necessidade de avalizar seu ego através da forçosa ideia de convocar a verdade como sendo a comprovação das suas palavras. Enfim, não é por nada que muitos dizem em tom de enigma: os loucos abrem caminhos para que os inteligentes possam se vangloriar tardiamente.

Território fértil e livre

O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se

Artista de rua

Nos últimos tempos tenho tido boas experiências com o Mammalia. A ideia de levar livros, pirogravuras e quadros com desenhos até as praças da cidade tem me rendido bons papos e muitos contatos. O que percebo é que a população gosta deste tipo de intervenção. Muita gente quer saber qual é o meu objetivo com tal atitude. Então digo que pretendo expor meu trampo e trocar ideias com as pessoas e percebo que seus rostos demonstram expressões de quem fica confortável com minha resposta. Alguns passam pela rua e dizem, “tá bonito de ver, Cavanhas”, ao tempo em que deixam um sinal de positivo com o braço esticado em direção ao alto. Eu agradeço e retorno com o mesmo gesto e um sorriso. Acho que as pessoas se surpreendem com minha atitude. Localmente, raramente encontro outros artistas fazendo o mesmo. E pelo que as pessoas interessadas comentam comigo entendo que na opinião da maioria eu deveria expor tais trabalhos em galerias e grandes eventos literários. Mas aí explico que na minha conc