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Mundo novo

óh seu moço
eu sou filho
lá do morro
sou lá da rua do socorro
onde o amor
é o nosso coro
e o homem ainda sente
vontade de mudar

óh seu moço
o que eu quero
não é ouro
o que eu quero
não é osso
o que eu quero
é liberdade pra cantar
o meu coro de novo

óh seu moço
o que eu quero
não é rajada
eu tenho mesmo
é sede de gargalhada
e o que eu sinto
é uma vontade danada
de brincar com a rapaziada
e colocar todo mundo
pra rir de novo

óh seu moço
o que eu quero
é fazer poesia em coro
até o dia raiar
e sambar
em um mundo
muito melhor
e muito mais novo

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Estou em paz

Ando em dois mundos e agora estou distante da mata mais verde que já vi O vento castiga minha face e afaga um varal colorido que tremula Sinto que minha alma revive O cheiro do monóxido de carbono carimba meu pulmão E um pássaro canta no alto de uma árvore Contudo, sem asas, porém, também divino, um mano desconhecido corre o olho pelo trampo Sei que a calçada me abriga desde muito jovem Seja palavra Seja tinta Seja madeira Seja ferro, fogo ou brasa O que mais importa é ser Ser como se nasceu Honesto consigo e o mundo em nossa volta E ao tempo em que me sirvo da situação e anoto, estou em paz comigo mesmo Estou livre Estou participando da mudança Estou em casa Estou na rua Estou esparramando um tanto do que brota em meu coração E olhando o varal e coringando o pano, sei que ando em dois mundos Com os mesmos pés O mesmo espírito A mesma alma E a mesma satisfação de ser

O contato

O serviço começou com o enterro do contato. Quem entregou o dinheiro nunca voltou para casa. E o atirador deu um cuspe em cima da terra que usou para cobrir o corpo. Quem pagou não falou com ele. E quem foi fichado em sua caderneta não sonhou de noite. Uma bala. A cabeça de um lado. E o corpo do outro. Como sempre!

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