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Uma sociedade que não compreende a empatia e o respeito


Em um blog se consegue expor uma ideia dentro de uma situação em que os contextos são transparentes e o que estamos dizendo não se mistura com o que os demais estão falando. Dentro de minha ótica, penso que o diálogo é para quem está para o diálogo. Um debate só serve, quando o objetivo de ambas as partes é o crescimento. Quando é uma guerra para se vencer, torna-se desnecessário.
Muita gente ainda não se deu conta, mas creio que chegará a tal conclusão algum dia: temos uma investigação de âmbito nacional que objetiva apurar grupos que distribuem notícias falsas e ideologias odiosas através de robôs, contudo, é preciso reconhecer que existem pessoas envolvidas nisso, gente que nos surpreende com suas posições.
Enquanto seres sociais, temos de ter noção de limites. Imagina se eu entro em sua casa, e começo a tomar decisões por você? Imagina impor a nossa presença aos demais? Pense no despautério que é cercear a liberdade alheia?
Creio que a gente precisa compreender que visões diferentes fazem parte do mundo. E acho que já passou da hora de não confundir eleitor com inimigo. Este não se enquadra como odioso, porque não age como um. Não invade a liberdade alheia. Não é um fanático enlouquecido.
Vivemos uma pandemia mundial e creio que seja uma oportunidade para que a gente possa pensar a respeito de uma série de valores. É preciso colocar-se no lugar dos demais. É chegado o momento de oferecer respeito aos outros. O mesmo respeito que desejamos para nós.
Passei uma vida toda escrevendo em blog porque estamos tomados por uma ideologia competitiva e sem limites. Isso não faz bem para uma sociedade que visa desenvolvimento e crescimento em todos os sentidos. Além de tudo, a falta de empatia e, a dificuldade que a sociedade possui em oferecer respeito, me transforma em um ser que a cada dia se torna mais isolado.
Não me considero antissocial, mas me reservo o direito de preservar-me enquanto indivíduo e cidadão. Começo a entender que a evolução é uma busca pessoal e que não podemos forçar os outros a nada. Mas podemos escolher o nosso caminho. Eu creio que uma pessoa que investe o seu tempo em ler, é um ser com o qual podemos estabelecer uma ligação mais civilizada e mais saudável em todos os sentidos.

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