Olhava pela luneta. Controlava a
respiração. Mantinha seu dedo posicionado. Sentia o vento que tocava seu rosto.
Sem pressa. Os batimentos cardíacos bem compassados. Corpo relaxado. Mente concentrada.
Os segundos transcorriam. O alvo entrou na mira. A bala viajou com perfeição. De um lado a cabeça. O corpo do outro. A decapitação era sua assinatura. Montou
em sua mula. Acomodou o rifle. Bolou um palheiro para o caminho e sumiu em meio
à mata. Bem do jeito que tinha de ser.
O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se