Ao som de Pachelbel, todo ambiente se
harmonizava. No fogão, movido de boa lenha, cozinhava uma porção de feijão enriquecido
com cenoura e batata. A luz parida de velas, feitas com cera de abelha, dava um
equilíbrio extraordinário ao momento introspectivo e cheio de revelações
vindouras de sua última leitura respectiva ao fraterno legado da paz. Uma ocasião
para curar toda e qualquer dor em meio a um sagrado instante de celebração.
O serviço começou com o enterro do contato. Quem entregou o dinheiro nunca voltou para casa. E o atirador deu um cuspe em cima da terra que usou para cobrir o corpo. Quem pagou não falou com ele. E quem foi fichado em sua caderneta não sonhou de noite. Uma bala. A cabeça de um lado. E o corpo do outro. Como sempre!