Pular para o conteúdo principal

A nossa Língua é uma mãe virtuosa


Você vai dizer que escrevemos em Língua Portuguesa. Mas, escrevemos em Língua Português do Brasil. Ipanema, é uma palavra de origem Tupi-Gurani. Refere-se a um lugar que não seria o melhor para se viver. É linda. Mas, existiam lugares com maior oferta de alimento e recursos naturais em nosso país quando somente os ameríndios ocupavam tal espaço geográfico. Língua é poder. A palavra é a articulação da razão. É tempo e espaço. Contexto. Nação.
Não nos demos conta de que nossa Língua possui palavras de origem africana também. Fubá, farinha feita com milho ou arroz. Pois é. Somos a soma de muito e muitos. Digo que revisar um texto é como embrenhar-se na profissão de aprender. Ora, pois, disse um anjo, um dia, “se vais guardar a Língua, ponho em vós, todo apreço e admiração”. Eu penso em trechos que nem sempre tenho modo para transcrever. As palavras, conforme elas migram de idioma, encontram dificuldades. Porém, há beleza até mesmo no sofrimento de ansiar pelo melhor.
Esta conversa que parece meio que sem um norte, fora o modo como consegui transgredir o usual e falar sobre uma luta. Eu falo de uma vida inteira. Proteger a Língua é como dizer ao cidadão: está livre e será amado. Somos muitos em mesma busca, a de vocabular nossa transcrição com o maior cuidado para mantermos sua ordem gramatical. Queremos a preservação de sua alma. A língua é o povo. E servir ao povo é a nossa maior obrigação.

Postagens mais visitadas deste blog

Território fértil e livre

O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se

Acordo todo dia no mesmo mundo cão

Saio para levar o lixo até o contêiner. O tempo está carregado e vem mais chuva e mais desgraça e isso está me atormentando. Tem um vento frio que se parece com o que sopra no inverno. Alguns pássaros cantam ao tempo em que motoristas afoitos buzinam e gesticulam uns para os outros sempre que dois ou três carros se encontram em uma esquina. Logo vejo dois cães que me cercam e começam a latir. São os mesmos de todos os dias. Agora, manter os próprios cachorros na rua como se estivessem em área privada é o novo normal. Aliás, não aguento mais essa teoria de o novo normal para tudo, como se o mundo houvesse virado de cabeça para baixo. Em pouco tempo escuto rosnadas, olho firme para um deles e digo em alto e bom som: se tu te bobear vou ter de te chamar na pedra. O cão pressente que existe algo de diabólico comigo e hesita. Largo o lixo para dentro do contêiner e em dois segundos tenho quatro pedras em minhas mãos. O canino, incrédulo, ainda me olha e eu olho para ele. Lá pelas tantas v

Existe um desespero evidente

Chamar atenção é a cultura do momento. Muita gente se perde enquanto tenta angariar popularidade. Antigamente, costumava escrever histórias em canais de comunicação em que o texto e a reflexão não eram a prioridade. Levei um certo tempo para alcançar que estava deslocado e aceitar que frequentava o espaço errado. E durante muitos dias de minha vida fiquei sem entender algumas reações em minha volta. Embora formado em comunicação social sempre achei que os textos e os contextos eram autoexplicativos. Porém, me enganei. E quando me dei conta disso comecei a pensar em todos os dados que tinha enquanto editor de livros. Lá pelas tantas tive de dar o braço a torcer e entendi que não temos 5% de pessoas capazes de identificar o que é ficção e o que é realidade. Claro que um país que lê tão pouco não está preparado para debater e entender muita coisa. Contudo, a partir do momento em que parti para publicações manuais e passei a veicular minhas obras no meu tapetão de andarilho tudo mudou. Fiq