A blogosfera é a minha casa, desde
quando comecei a escrever na internet. Já passei por muitos lugares, mas é aqui
que me sinto bem. É meu refúgio. É para onde sempre volto, quando me sinto
sufocado pela loucura do mundo. Um lugar onde a literatura e as nossas opiniões
são construídas em um texto que necessita de desenvolvimento e tem um objetivo
produtivo. Gosto de escrever aqui. O que a gente posta não se mistura com o que
os outros estão falando. E, principalmente, enquanto pessoa que escreve, tenho
liberdade e alternativas para classificar meus textos de um modo que possa me
expressar como um criador de histórias e um pensador. Tive experiências em
diversas redes-sociais e não avalio nenhuma delas como positiva. Antes de tudo,
quero ter o controle da situação, pois, meus textos e minhas ideias não são
motivadas por guerras ilusórias e palavras desprezíveis à toa. Escrever é um
ato revolucionário. Porém, para que este ato se torne arte, é preciso estar
longe da banalização da barbárie e da manipulação.
O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se