Hoje, eu abri o correio eletrônico,
li a primeira notícia e já vi uma bomba de novo. Sim, acho que é um absurdo
atrás do outro o que ocorre neste país. Falo da reportagem em que um homem agride enfermeiras que faziam um protesto na Praça dos
Três Poderes. Deixo o link da matéria para que o leitor possa acompanhar de que
se trata. E, para finalizar, tal notícia apenas confirma o que ando dizendo
sobre esse grupo fanático de apoiadores do Presidente Jair Bolsonaro. Agora, eu
pergunto, tem como conversar com uma pessoa que não quer conversa? E por que
temos de respeitar, quem não nos respeita? Pelo visto, a violência que iniciou
na internet começa a ganhar força nas ruas. Que vergonha. "Acho bom Jair preparando o ouvido".
Saio para levar o lixo até o contêiner. O tempo está carregado e vem mais chuva e mais desgraça e isso está me atormentando. Tem um vento frio que se parece com o que sopra no inverno. Alguns pássaros cantam ao tempo em que motoristas afoitos buzinam e gesticulam uns para os outros sempre que dois ou três carros se encontram em uma esquina. Logo vejo dois cães que me cercam e começam a latir. São os mesmos de todos os dias. Agora, manter os próprios cachorros na rua como se estivessem em área privada é o novo normal. Aliás, não aguento mais essa teoria de o novo normal para tudo, como se o mundo houvesse virado de cabeça para baixo. Em pouco tempo escuto rosnadas, olho firme para um deles e digo em alto e bom som: se tu te bobear vou ter de te chamar na pedra. O cão pressente que existe algo de diabólico comigo e hesita. Largo o lixo para dentro do contêiner e em dois segundos tenho quatro pedras em minhas mãos. O canino, incrédulo, ainda me olha e eu olho para ele. Lá pelas tantas v...