Chegou o momento de encarar a
realidade. União pressupõe pautas definidas. Não muitas. É preciso uma
organização real. Ela tem de surgir de maneira viva. Tem de ser exercida
através do Biopoder. Vivemos o tempo da Biopolítica. E a tática precisa ser de
guerrilha. Não adianta ver filmes de combate à ditadura e se emocionar. Nem é
relevante olhar fotos da época sem compreender que havia um combate corpo a
corpo. Este duelo tem de existir no campo das ideias. Precisa acontecer junto
ao militante bolsonarista, quando ele comenta, quando ele posta, quando ele vai
para a rua. Um olhando nas fuças do outro. Portanto, o comportamento precisa
ser de matilha. Mas, para tanto, é preciso um líder que tenha um posicionamento
claro e que saiba fazer Biopolítica. Não dá para exercer Biopoder, com medo
de confronto.
O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se