Quando a gente exclui a opção de comentar
e oferece um Box de e-mail, colocamos o nosso odioso dentro de uma jaula com
arapuca. Porque para comentar, é preciso entregar um dado pessoal importante.
Além de tudo, sem uma vitrine em que possa se exibir, o seu ataque não surte o
efeito desejado e o prazer não vem. É uma tática tão inteligente, que mata o
algoz do jeito certo: fazendo com que passe muita raiva e envenene-se com o
próprio ódio.
O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se