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Crônica da chuva


Faço um café e sento ao pé da janela. Observo o vento que balança os galhos das árvores com suavidade. Os pingos de chuva molham a grama e todo jardim. Ponho mais um pedaço de madeira no fogo e deixo um punhado de pinhão fresco sobre a chapa do fogão movido com lenha.
É um instante mágico, embora solitário. Sinto meu âmago mais forte. Meu coração está sossegado como há muito tempo não percebia. Preciso de certo isolamento para lidar com o mundo. Não me agrada a ideia de expor-me em demasia. Aprendi com o tempo que é preciso cuidado no momento de mostrar a alma.
Penso no futuro e não sei ao certo qual é o caminho para além do meu. Sei apenas que escolhi uma vida simples, pois o caos urbano me desloca com relação aos anseios cultivados tão logo penso no meio de vida capitalista. Tentei dialogar durante certo tempo, mas aboli tal sentimento, quando percebi que meus valores surtiam impressão de afronta.

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