Quando um artista assume-se como
operário, muda seu posicionamento e começa vender a maior parte do que ele
produz: muita coisa muda. A despensa enche, as contas ficam em dia, o coração
sossega e a alma se fortalece. Os dias se tornam melhores, o sol fica mais
quente, a chuva ganha uma aparência leve e tudo se transforma em algo mais
terno e mais profundo. O caminho floresce, a inquietação some e o silêncio
liberta.
O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se