com muito custo, sosseguei o peito e passei
meu tempo lendo e relendo. anotando e refazendo. ponderei e senti. blindei
minha carne e meu shi. e só então escolhi. tomei direção e caminho. não contei
minha jornada, nem chamei gente para me seguir. não salvo e não condeno. não
sou profeta. não sou psicanalista. eu quero mesmo: é ser alquimista. e como eremita,
ouço suas vistas e me calo. eu não me abalo. não comparo e não debato. sim, eu
nunca fiz um homem de barro. não sou tolo e nem sábio. sou pio e sabiá, aqui e
acolá. sou vento. e sou vivendo. sou momento. sou paz e clarão.
O serviço começou com o enterro do contato. Quem entregou o dinheiro nunca voltou para casa. E o atirador deu um cuspe em cima da terra que usou para cobrir o corpo. Quem pagou não falou com ele. E quem foi fichado em sua caderneta não sonhou de noite. Uma bala. A cabeça de um lado. E o corpo do outro. Como sempre!