A alquimia levou-me para um mundo muito mais hermético e estável. Entreguei-me de corpo e alma em meu propósito e apliquei-me na construção de minha grande obra. Aprendi a ler ainda mais do que já lia. Desvendei muitos segredos universais que eu nem ao menos imaginava que pudessem existir. Tomei consciência do poder de minha mente. Entendi a questão do livre-arbítrio com maior aceitação e precisão. Vi na natureza o exemplo da harmonia. Passei a observar o mundo com olhos que são realmente meus, embora lapidados com base em muita dedicação e humildade. Tornei-me alguém próximo do labor recluso e assumi a vida de eremita. Uma escolha que tive de abraçar para seguir meu caminho. Gosto da alquimia porque me proporciona a oportunidade de anotar sobre meus estudos e experiências. Hoje, tenho a impressão de que minha casa divide-se entre um oratório e um laboratório. Mantenho-me focado no que posso trabalhar e me sinto mais resiliente em relação ao que tenho de aceitar. Atualmente, identifico-me como alguém muito mais erudito. E o melhor de tudo é que não precisei afastar-me da literatura que tanto gosto, pois consegui fazê-la parte de um todo que simboliza o método alquímico ao qual faço uso no momento. Aprendi a semear a paz de maneira mais eficaz. Acho que tenho muito a crescer e muitas arestas para aparar. Mas, sei também, que a caminhada é longa. Que tenho tempo e saúde para tamanha empreitada e isso me deixa calmo para enfrentar o amanhã. Meus estudos alquímicos levaram-me para uma cadeira confortável diante da paciência. Tive de aprender a cultivar o tempo com amorosidade. Aos poucos, aproximei-me da sabedoria. Creio que o saber que encontrei na filosofia, na astrologia, no cosmo, na natureza e na alma ascendera o fogo que me completou internamente e que me propiciou a oportunidade de extrair essências um tanto quanto mais divinais de meu âmago. Aprendi uma lição que no momento é a maior de todas, afinal de contas, tomei conhecimento de que a busca é individual e que não se deve perder tempo impondo nada aos demais. A evolução, a mudança e a iluminação são uma busca de cada um. E tal noção revelou-me a ideia de que devemos fechar os nossos lábios, quando os mesmos estão ao pé de ouvidos fechados, como alternativa de paz e realização pessoal.
O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se