Fala-se que, em plataformas digitais modernas
em que não se paga para ter acesso, somos o produto. Até aí tudo bem, a partir
do momento em que tenho de comunicar-me como desejo. O problema começa quando
me torno produto e consumidor ao mesmo tempo. Não existe marketing sem uma via
de mão dupla e tampouco um canal de comunicação. Enfim, vivemos a era do boi.
O serviço começou com o enterro do contato. Quem entregou o dinheiro nunca voltou para casa. E o atirador deu um cuspe em cima da terra que usou para cobrir o corpo. Quem pagou não falou com ele. E quem foi fichado em sua caderneta não sonhou de noite. Uma bala. A cabeça de um lado. E o corpo do outro. Como sempre!