O título desta crônica é autoexplicativo. Depois
de nosso presidente Jair Bolsonaro inflamar seus apoiadores contra a Venezuela,
Manaus – em crise por conta da falta de oxigênio gerada pela inabilidade de
nosso governo em administrar a pandemia de Covid-19 –, recebe oxigênio de quem?
Acertou quem disse: Venezuela. É o que eu chamo de morder a língua. Certamente se nossos bolsonaristas tivessem um pingo de senso crítico pediriam perdão ao
nosso vizinho. Pois é, parece que o neoliberalismo de Bolsonaro não atende a
nenhuma expectativa. Enfim, eu poderia tocar uma flauta mais longa neste texto,
mas não creio que seja necessário ou oportuno por conta da seriedade do assunto.
É por isso que quando aponto as falhas do nosso desgoverno e alguém comenta
defendendo o nosso presidente eu simplesmente ignoro o comentário. Acho que a
realidade também é autoexplicativa, não é mesmo?
O serviço começou com o enterro do contato. Quem entregou o dinheiro nunca voltou para casa. E o atirador deu um cuspe em cima da terra que usou para cobrir o corpo. Quem pagou não falou com ele. E quem foi fichado em sua caderneta não sonhou de noite. Uma bala. A cabeça de um lado. E o corpo do outro. Como sempre!