Eu faço um fogo grande e rodeado de
pedra bem no meio de um campo sem fim
Eu venho de um fundão de mundo que pouco
guasca conhece e muito taura se obriga a refugar
Eu passei uma vida inteira dormindo embaixo
do sereno e com a sola do pé encostada na brasa de puro nó de pinho
Eu já vi geada com mais de 3 dedos de
altura
Eu tenho a unha grande e a sola do pé
preparada pra pedra e espinho
Eu tenho um cachorro companheiro e um
cavalo que troteia ligeiro e pisa fino
Eu sou filho de meu pampa e me agarro
à unha na crina do meu pingo
Eu ganho a vida andando de comitiva e
morando embaixo de um poncho que veio lá do Uruguai