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Falta de privacidade e condicionamento na internet

Esta questão da falta de privacidade imposta por grandes empresas atuantes na internet me incomoda muito. Quando você ativa uma conta o tormento começa. O algoritmo passa o tempo todo sugerindo e questionando e se você não aceita a indução implícita a máquina começa a limitar o alcance de suas publicações. A formatação do conteúdo é uma manipulação descarada e aos poucos vai moldando a todos em um processo silencioso e agressivo psicologicamente enquanto o algoritmo expressa — durante a sua atividade — uma série de valores sociais que se deve banir da comunidade moderna.

Os nossos dados são explorados o tempo todo e a liberação do nosso número de telefone para telemarketing é mais um passo que empresas gigantescas tomam como direito. Alguém pode dizer que aceitamos um termo de privacidade — como se fosse possível usar tais plataformas sem consentir um grande número de informações ao gosto e ao prazer das mesmas que são favorecidas pelo monopólio do meio virtual. A partir daqui o telefone toca o tempo todo. Já recebi mais de uma dúzia de ligações em uma manhã. Acabava atendendo porque sempre pode ser um cliente, não é mesmo? Então o que acontece? Bem, aí toca a campainha e quem está plantado em sua porta diz que representa a empresa tal e que veio para conversar. Claro que isso acontece depois que você já negou o interesse quando atendeu ao telefone e isso é importante ressaltar.

Enfim, não é fácil angariar uma boa distribuição do conteúdo que produzimos dentro de uma morsa que aperta o nosso corpo e nossa mente e mantém todo mundo emparedado e precisando escolher entre manipular o próprio comportamento para manipular o comportamento alheio ou não. A maioria ainda não se deu conta de que temos um novo patrão chamado algoritmo e quem diz que se pode domar a Inteligência Artificial ainda não têm seus sentidos aguçados o bastante para ver o que não lhe convém ou está mal-intencionado.

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