Pular para o conteúdo principal

Falta de privacidade e condicionamento na internet

Esta questão da falta de privacidade imposta por grandes empresas atuantes na internet me incomoda muito. Quando você ativa uma conta o tormento começa. O algoritmo passa o tempo todo sugerindo e questionando e se você não aceita a indução implícita a máquina começa a limitar o alcance de suas publicações. A formatação do conteúdo é uma manipulação descarada e aos poucos vai moldando a todos em um processo silencioso e agressivo psicologicamente enquanto o algoritmo expressa — durante a sua atividade — uma série de valores sociais que se deve banir da comunidade moderna.

Os nossos dados são explorados o tempo todo e a liberação do nosso número de telefone para telemarketing é mais um passo que empresas gigantescas tomam como direito. Alguém pode dizer que aceitamos um termo de privacidade — como se fosse possível usar tais plataformas sem consentir um grande número de informações ao gosto e ao prazer das mesmas que são favorecidas pelo monopólio do meio virtual. A partir daqui o telefone toca o tempo todo. Já recebi mais de uma dúzia de ligações em uma manhã. Acabava atendendo porque sempre pode ser um cliente, não é mesmo? Então o que acontece? Bem, aí toca a campainha e quem está plantado em sua porta diz que representa a empresa tal e que veio para conversar. Claro que isso acontece depois que você já negou o interesse quando atendeu ao telefone e isso é importante ressaltar.

Enfim, não é fácil angariar uma boa distribuição do conteúdo que produzimos dentro de uma morsa que aperta o nosso corpo e nossa mente e mantém todo mundo emparedado e precisando escolher entre manipular o próprio comportamento para manipular o comportamento alheio ou não. A maioria ainda não se deu conta de que temos um novo patrão chamado algoritmo e quem diz que se pode domar a Inteligência Artificial ainda não têm seus sentidos aguçados o bastante para ver o que não lhe convém ou está mal-intencionado.

Postagens mais visitadas deste blog

Estou em paz

Ando em dois mundos e agora estou distante da mata mais verde que já vi O vento castiga minha face e afaga um varal colorido que tremula Sinto que minha alma revive O cheiro do monóxido de carbono carimba meu pulmão E um pássaro canta no alto de uma árvore Contudo, sem asas, porém, também divino, um mano desconhecido corre o olho pelo trampo Sei que a calçada me abriga desde muito jovem Seja palavra Seja tinta Seja madeira Seja ferro, fogo ou brasa O que mais importa é ser Ser como se nasceu Honesto consigo e o mundo em nossa volta E ao tempo em que me sirvo da situação e anoto, estou em paz comigo mesmo Estou livre Estou participando da mudança Estou em casa Estou na rua Estou esparramando um tanto do que brota em meu coração E olhando o varal e coringando o pano, sei que ando em dois mundos Com os mesmos pés O mesmo espírito A mesma alma E a mesma satisfação de ser

O contato

O serviço começou com o enterro do contato. Quem entregou o dinheiro nunca voltou para casa. E o atirador deu um cuspe em cima da terra que usou para cobrir o corpo. Quem pagou não falou com ele. E quem foi fichado em sua caderneta não sonhou de noite. Uma bala. A cabeça de um lado. E o corpo do outro. Como sempre!

Vida real

Ontem, pela manhã, encontrei um amigo de longa data. Há muito tempo que não o via. Como sempre, mantivemos distanciamento, conversamos ao ar-livre, usamos máscaras, enfim, sustentamos o protocolo adequado em relação à pandemia. Ele me contava que andava batendo cabeça por conta da postura das redes-sociais atreladas ao executivo Zuckerberg. Enfim, meu objetivo não é massacrar o executivo ou seus usuários, apenas abordar alguns pontos, sobre a conversa que tive com meu amigo oculto, que prefere não ser identificado. Durante a nossa prosa, ficou claro que, tanto ele, quanto eu: não entendemos como um executivo de ponta, como já ouvimos muita gente chamando, tem tanto problema ou falta de escrúpulos com os dados alheios. A falta de segurança em seus empreendimentos é assustadora. Ao mesmo tempo em que tudo é moldado e cheio de etiquetas — leia-se cerimônias — o homem não consegue ter cuidado com seus usuários, embora fale disso em muitos momentos e veículos de comunicação. Chegamos à conc...