Creio que o saber não é algo para
trazer superioridade pessoal, mas para acarretar crescimento coletivo. O que
temos de compreender, na minha visão, é que um jarro cheio de água pode ser
usado para matar a sede ou para atingir a cabeça de alguém. O problema não é o
jarro, mas quem se senta em sua volta. E assim acontece com o conhecimento e
com tudo que nos cerca. A consciência impõe responsabilidade e formar
estruturas de pensamento sem nenhuma base científica é mais difícil do que a
partir dos conceitos. Falo de conceitos porque, enquanto seres que usam a fala
e a escrita para a própria expressão, necessitamos nomear as coisas e dar
sentido ao que expomos para localizarmos nosso interlocutor no momento do
debate. É por isso que usar o jarro de
maneira correta é sempre mais importante do que ensinar ou aprender. O todo é o
mundo e não somente os que estão perto da gente. Portanto, os demais contam com
a estruturação universal da comunicação para interpretar o que recebem e expor o que pensam. O entendimento
precisa de um código e de uma mensagem. Está aí o jarro com água e os que se sentam a sua volta que não me
deixam mentir.
O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se