Creio que o saber não é algo para
trazer superioridade pessoal, mas para acarretar crescimento coletivo. O que
temos de compreender, na minha visão, é que um jarro cheio de água pode ser
usado para matar a sede ou para atingir a cabeça de alguém. O problema não é o
jarro, mas quem se senta em sua volta. E assim acontece com o conhecimento e
com tudo que nos cerca. A consciência impõe responsabilidade e formar
estruturas de pensamento sem nenhuma base científica é mais difícil do que a
partir dos conceitos. Falo de conceitos porque, enquanto seres que usam a fala
e a escrita para a própria expressão, necessitamos nomear as coisas e dar
sentido ao que expomos para localizarmos nosso interlocutor no momento do
debate. É por isso que usar o jarro de
maneira correta é sempre mais importante do que ensinar ou aprender. O todo é o
mundo e não somente os que estão perto da gente. Portanto, os demais contam com
a estruturação universal da comunicação para interpretar o que recebem e expor o que pensam. O entendimento
precisa de um código e de uma mensagem. Está aí o jarro com água e os que se sentam a sua volta que não me
deixam mentir.
O serviço começou com o enterro do contato. Quem entregou o dinheiro nunca voltou para casa. E o atirador deu um cuspe em cima da terra que usou para cobrir o corpo. Quem pagou não falou com ele. E quem foi fichado em sua caderneta não sonhou de noite. Uma bala. A cabeça de um lado. E o corpo do outro. Como sempre!