Eu poderia fazer um texto longo explicando por
qual motivo ainda não temos um processo de impedimento em andamento com relação
ao nosso presidente. Mas, não cairei neste erro, porque passar o tempo todo explicando
que bolacha redonda não tem canto já perdeu a graça em minha ótica. Então serei
direto: o processo não anda por conta de que não pode respingar nada de
responsabilidade nos tubarões que o apoiaram ou que ainda tem algo a ganhar com
tudo isso. O sistema é o sistema. Envolve política, capital e mídia. Como disse
Raul, “Tem gente que passa a vida inteira/ Travando a inútil luta com os galhos/
Sem saber que é lá no tronco/ Que está o coringa do baralho”.
O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se