Sinto
necessidade de ler, pensar e escrever ao mesmo tempo em que tenho olhos para
ver e um coração para sentir. A escrita é o melhor modo que encontro para me
expressar. A linha de raciocínio que precede o texto é o que cabe em meu dia
como exercício de purificação mental e espiritual.
Posso
dizer que quando era criança tinha cadernos escondidos em meu quarto nos quais
anotava minhas inquietações, meus poemas, minhas crônicas, meus contos
fantásticos. Conforme fui crescendo concedi aos meus cadernos o status de
arquivo para meus conflitos e minha imaginação. O caderno me acompanha desde
sempre e necessito dele até hoje para não me perder enquanto indivíduo.
Reservo
meu dia em pequenas anotações. Tento me organizar de maneira que possa fazer o
que me toca sem que isso me torne um escravo do tempo e que permita expressar-me.
Anotar o que vejo e o que sinto, o que chega até meus ouvidos e o que leio, faz
parte de minha maneira de identificar minhas leituras e estabelecer ligações
com o que me apanha e me cerca.
Acho que um humano precisa encontrar uma maneira de manter-se vivo e sadio em meio ao mundo. E escrever foi o modo com que me adaptei e me senti forte para prosseguir respirando e pensando. É um ato revolucionário que me salvou do que sentia e do que viva e via. É assim até hoje e pelo que percebo será assim para sempre. Afinal de contas, um bom enredo é o melhor modo de dialogar com o mundo. E dentro do mundo moderno, considero meu blog, o melhor espaço para discorrer enquanto o tempo passa.