Dia de sol e céu azul como há muito não
via. Ponho-me diante do ecossistema e observo seu funcionamento. Nada pode
pará-lo. Tudo acontece quando e como tem de acontecer. É a força divina e
universal que se apresenta enquanto energia que precede o milagre. Envolto de
livros, plantas e utensílios, mantenho-me atento a tudo para não perder
nenhuma anotação. Os detalhes são reveladores. Creio que tenha encontrado uma
resposta profunda e significativa para que possa concentrar-me no feitio da
grande obra ao momento em que procuro a mais profunda iluminação. Sinto-me
livre e ao mesmo tempo protegido em meu refúgio e plenamente satisfeito. O que
em algum instante soou como loucura tornou-se um projeto centrado e assertivo. Nada sobra e nada falta, tudo se complementa. Posso dizer, sem sombra
de dúvida, que nada supera a força natural que rege tudo que se pode ver, ouvir
ou sentir neste mundo. Entre tantas lições: perceber-me na qualidade de
instrumento e não como força motriz é algo valioso que carregarei em meu âmago
por toda vida.
O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se