Em meu modo de ver, a paciência é uma virtude a ser desenvolvida. Entendo que o tempo e o universo são extremamente afeiçoados a ela. Penso que existe uma ordem natural que vibra por sua própria vontade. Em meu parco conhecimento, nomeio a mesma, como sendo a energia vital. E, desde que tive conhecimento das sete leis universais — que garantem que tudo vibra —, entendi que nada é estático e que toda e qualquer condição vai se alterando naturalmente. Dentro de tantas experiências, no campo do exercício da paciência, destaco o feitio de essências que fornecem nutrientes para o solo e as plantas, porque tal labuta acaba despertando ótimas virtudes durante sua prática. A espera pela fermentação e todo ciclo evolutivo das essências, são momentos nos quais se entende que todo processo tem seu tempo, seu modo e seu período. E, por isso, estou tão achegado com a paciência. A alquimia tem me ensinado que os planos do homem, não estão acima da vibração do universo.
Ando em dois mundos e agora estou distante da mata mais verde que já vi O vento castiga minha face e afaga um varal colorido que tremula Sinto que minha alma revive O cheiro do monóxido de carbono carimba meu pulmão E um pássaro canta no alto de uma árvore Contudo, sem asas, porém, também divino, um mano desconhecido corre o olho pelo trampo Sei que a calçada me abriga desde muito jovem Seja palavra Seja tinta Seja madeira Seja ferro, fogo ou brasa O que mais importa é ser Ser como se nasceu Honesto consigo e o mundo em nossa volta E ao tempo em que me sirvo da situação e anoto, estou em paz comigo mesmo Estou livre Estou participando da mudança Estou em casa Estou na rua Estou esparramando um tanto do que brota em meu coração E olhando o varal e coringando o pano, sei que ando em dois mundos Com os mesmos pés O mesmo espírito A mesma alma E a mesma satisfação de ser