O assunto era interessante. Discutia-se
o currículo escolar. O convidado é um professor extremamente inteligente. Contudo,
o podcast e o convidado não são meu alvo de avaliação em tal texto. O convidado
levantou questões interessantíssimas. Falou sobre a diferença entre ética e
moral. Observou que os conhecimentos abordados na escola são uma escolha feita
por alguém e que isto tem relação com a política. Falou a respeito do que é
interesse do aluno e sobre o que o aluno ainda não sabe que existe e por isso
ainda não possui condições de escolher o que a escola deve ensinar etc. Ótimas
colocações. Enfim, palmas ao podcast e ao convidado. Ambos cumpriram seu papel.
Só que agora quero entrar no que realmente interessa em minha abordagem: o
internauta. Falo do internauta, porque a explanação do professor foi tão legal
e profunda, que cheguei à conclusão de que para me posicionar sobre tais
questões levantadas teria de reler muitos livros e ler mais alguns. Porém, percebi
que os internautas se posicionaram com extrema rapidez, uma prova de que não
refletiram o suficiente para opinarem sobre o assunto levantado e lá pelas
tantas ficou claro que, pensar e refletir não são o nosso forte dentro e fora
da internet. A gente, enquanto grupo social, fala muito, pensa pouco, lê nada e
não vamos a lugar algum com essa mentalidade. Somos rasos. E somos rasos porque
antes de tudo, não temos a humildade que acompanha os sábios. Existe uma máxima
infalível, quem não duvida de sua capacidade, não tem nenhuma capacidade. É por
isso que a maioria fala o tempo todo, mesmo sem ter nada fundamentado para
dizer. Agora vou ler, pois o assunto é interessante e pesquisar e refletir a
respeito me parece uma ótima alternativa.
O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se