Acho que no futuro, teremos
professores especialistas em leitura. Penso nisso porque tenho falado com muita
gente a respeito de tal tema. Pelo que entendo, o assunto ganha mais força a
cada dia. Fala-se que a leitura em telas está prejudicando a nossa capacidade
de raciocínio. De tal modo, conforme apontam diferentes estudos, estamos
atropelados por estímulos constantes que prejudicam nossa capacidade de
engajamento no momento de ler. O que danifica nossa empatia em relação a pontos
de vista diferentes do nosso e, também, nossa capacidade de assimilação e
avaliação em relação ao conteúdo lido.
Creio que em um futuro breve, pessoas
que leem textos impressos conseguirão melhores colocações profissionais e,
também, terão mais facilidade para empreender e colocar em prática seus
objetivos de modo geral. A capacidade de reflexão e planejamento ganha espaço,
assim como a habilidade de colocar-se no lugar do outro para melhor compreender
relações e, também, gerenciar indivíduos e cadeias produtivas. Um fato que pode
mudar totalmente a forma como nos preparamos para a vida em todos os sentidos. Creio,
ainda, que ler com qualidade será uma habilidade que nos dará um diferencial
enorme em relação à maioria das pessoas e máquinas. E isso pode fazer com que a
gente valorize habilidades pessoais e manuais. Penso desta maneira, porque
produtos em série perderão seu prestigio financeiro e seu status em relação a produtos
e serviços realizados por humanos.
Afinal de contas, tudo que é único, não
pode ser igualado ao que é feito em série. É uma questão de alma e, porque não
dizer, personalidade. E olhando para o amanhã, entendo que a importância que a
sociedade do consumo dá ao status será um ponto chave no momento de ranquear
nossos desejos, valores monetários e necessidades. De tal maneira, confio que, descobriremos
o valor da singularidade no momento de avaliarmos nosso próprio índice de
satisfação pessoal em comparação à nossas conquistas, escolhas e percepções em
relação a tudo que nos cerca ou compõem nossas vidas.