É um tempo de renovação. Minha percepção
se justifica com base no que vejo e ouço dentro e fora da internet. Escuto pessoas
falando em levar uma vida minimalista; em viver longe de ambientes tóxicos;
vejo gente se interessando pelo anonimato que cabe aos atores sociais que escolhem
conscientemente a realidade como sendo o palco para suas vivências e memórias.
Percebo a necessidade individual e coletiva
de conectar-se com o que é organicamente vivo. Menos ganância; mais afeto; e o desejo
genuíno de exercer sua individualidade coletivamente. Acho que muitos estão dispostos
a tornarem-se seres humanos reais ao invés de um simples avatar que vive do
impalpável e de um sucesso que não se materializa em necessidades satisfeitas
no mundo real.
Creio que nunca existiu tantos
mensageiros interessados em contribuir para uma sociedade mais humana e mais
justa. E, como muitos deles dizem: estamos evoluindo. Acho que a mensagem que
chega aos nossos ouvidos é a ideia de que nada é estagnado e que tudo muda aos
poucos. Os processos são lentos e emergem do mundo real, esclarecendo aos que
estão prontos para novos desafios evolutivos. E, tal ideia nos dá a dimensão de
que o todo supera a concepção gananciosa de individualidade tóxica.