Recentemente lancei um sebo de livros
com o nome de Mammalia. E estou muito feliz porque desta vez criei uma marca
totalmente analógica. Sim, meu objetivo é manter contato direto com as pessoas
e não depender de grandes corporações para fazer a divulgação do projeto. A ideia
é ganhar mais liberdade e realizar restauração e customização de livros em alto
padrão para leitores. Portanto, não podia estrear em uma oportunidade melhor do que em
um evento cultural. Para saber como foi o lançamento deste selo, acompanhe a
resenha publicada no site da Editora Os Dez Melhores.
Ando em dois mundos e agora estou distante da mata mais verde que já vi O vento castiga minha face e afaga um varal colorido que tremula Sinto que minha alma revive O cheiro do monóxido de carbono carimba meu pulmão E um pássaro canta no alto de uma árvore Contudo, sem asas, porém, também divino, um mano desconhecido corre o olho pelo trampo Sei que a calçada me abriga desde muito jovem Seja palavra Seja tinta Seja madeira Seja ferro, fogo ou brasa O que mais importa é ser Ser como se nasceu Honesto consigo e o mundo em nossa volta E ao tempo em que me sirvo da situação e anoto, estou em paz comigo mesmo Estou livre Estou participando da mudança Estou em casa Estou na rua Estou esparramando um tanto do que brota em meu coração E olhando o varal e coringando o pano, sei que ando em dois mundos Com os mesmos pés O mesmo espírito A mesma alma E a mesma satisfação de ser