Recentemente lancei um sebo de livros
com o nome de Mammalia. E estou muito feliz porque desta vez criei uma marca
totalmente analógica. Sim, meu objetivo é manter contato direto com as pessoas
e não depender de grandes corporações para fazer a divulgação do projeto. A ideia
é ganhar mais liberdade e realizar restauração e customização de livros em alto
padrão para leitores. Portanto, não podia estrear em uma oportunidade melhor do que em
um evento cultural. Para saber como foi o lançamento deste selo, acompanhe a
resenha publicada no site da Editora Os Dez Melhores.
Saio para levar o lixo até o contêiner. O tempo está carregado e vem mais chuva e mais desgraça e isso está me atormentando. Tem um vento frio que se parece com o que sopra no inverno. Alguns pássaros cantam ao tempo em que motoristas afoitos buzinam e gesticulam uns para os outros sempre que dois ou três carros se encontram em uma esquina. Logo vejo dois cães que me cercam e começam a latir. São os mesmos de todos os dias. Agora, manter os próprios cachorros na rua como se estivessem em área privada é o novo normal. Aliás, não aguento mais essa teoria de o novo normal para tudo, como se o mundo houvesse virado de cabeça para baixo. Em pouco tempo escuto rosnadas, olho firme para um deles e digo em alto e bom som: se tu te bobear vou ter de te chamar na pedra. O cão pressente que existe algo de diabólico comigo e hesita. Largo o lixo para dentro do contêiner e em dois segundos tenho quatro pedras em minhas mãos. O canino, incrédulo, ainda me olha e eu olho para ele. Lá pelas tantas v...