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O outono tem algo que eu gosto

É quando tenho um tempo para escrever com maior regularidade. Trago em mente que este é o motivo pelo qual gosto do outono. Um sentimento egoísta na visão de uns e de autocuidado para outros. Vida de cronista me parece um tanto quanto confessional na maioria das vezes. Mas, com o tempo se aprende que, tudo tem um ponto de vista. O modo como penso, agora, me liberta de muita coisa que me fez triste em muitos momentos. E quando olho para trás fico satisfeito em saber que tudo muda. E que cada gênero textual é o cerne de um contexto. A alquimia me ensinou a compreender as estações da vida, o despertar e o sono. Trabalhar com livros e plantas aquietou minha alma. Sempre que restauro uma publicação consigo me envolver de uma maneira formidável e as plantas me deram uma noção diferente do tempo e dos tempos. Aproveito um dia de cada vez e faço meu caminho com felicidade ao invés de buscá-la. Alguns dirão que sou tolo e outros que sou sábio. E já que é assim: vou aproveitar o sol e o café que me aquecem em tal instante.

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Acordo todo dia no mesmo mundo cão

Saio para levar o lixo até o contêiner. O tempo está carregado e vem mais chuva e mais desgraça e isso está me atormentando. Tem um vento frio que se parece com o que sopra no inverno. Alguns pássaros cantam ao tempo em que motoristas afoitos buzinam e gesticulam uns para os outros sempre que dois ou três carros se encontram em uma esquina. Logo vejo dois cães que me cercam e começam a latir. São os mesmos de todos os dias. Agora, manter os próprios cachorros na rua como se estivessem em área privada é o novo normal. Aliás, não aguento mais essa teoria de o novo normal para tudo, como se o mundo houvesse virado de cabeça para baixo. Em pouco tempo escuto rosnadas, olho firme para um deles e digo em alto e bom som: se tu te bobear vou ter de te chamar na pedra. O cão pressente que existe algo de diabólico comigo e hesita. Largo o lixo para dentro do contêiner e em dois segundos tenho quatro pedras em minhas mãos. O canino, incrédulo, ainda me olha e eu olho para ele. Lá pelas tantas v...
"Se não mudamos as nossas atitudes não podemos mudar o que acontece."

A arte me parece um jeito de resistir ao lado do conhecimento

Ler como quem procura janelas abertas para arejar o ambiente mental e físico. Creio que a filosofia da busca pelo equilíbrio enobrece as anotações. Vejo as plantas crescendo. A madeira sendo coberta pelo traço do pirógrafo e a tinta. A lenha queima na lareira ao tempo em que a rocha torna-se um baluarte encantador e próspero. É como se o segredo pudesse preservar o futuro e o sossego.