Estou relendo o magnífico livro
Flores de Alvenaria do Sérgio Vaz. De
tempos em tempos eu faço estas coisas. Tenho costume de reler livros que
tocaram meu coração e minha alma. Faço isto para renovar-me por dentro e por
fora. O que posso dizer é que uma obra como esta, que seguro em minhas mãos, dá
um alento do caralho. Pois é, sou destes que de tempos em tempos sente a
necessidade de voltar pra base, como disse o Mano Brown. Sempre que olho em
volta e percebo que andei um bom tanto pelas alamedas eu costumo parar de andar
para me certificar de que não me afastei de alguns ideais que acho indispensáveis
para o meu progresso. Acho que a imagem de capa da edição que tenho desta obra
aviva minha mente e meu coração. Afinal de contas, uma rosa feita de tijolos
representa muito do que vivi e muito do que desejo para o futuro. É aquela
célebre frase da qual nunca vou esquecer: “minha poesia vem das ruas que os
anjos não costumam frequentar”. Saber deste tipo de coisa é sempre muito
importante, porque faz muita diferença na vida de um sujeito como eu, que penso
como eu penso e que sente como eu sinto, que anda por aonde eu ando e que também
escolheu o amor como sendo a sua fé.
O serviço começou com o enterro do contato. Quem entregou o dinheiro nunca voltou para casa. E o atirador deu um cuspe em cima da terra que usou para cobrir o corpo. Quem pagou não falou com ele. E quem foi fichado em sua caderneta não sonhou de noite. Uma bala. A cabeça de um lado. E o corpo do outro. Como sempre!