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Uma rosa feita de tijolos

Estou relendo o magnífico livro Flores de Alvenaria do Sérgio Vaz. De tempos em tempos eu faço estas coisas. Tenho costume de reler livros que tocaram meu coração e minha alma. Faço isto para renovar-me por dentro e por fora. O que posso dizer é que uma obra como esta, que seguro em minhas mãos, dá um alento do caralho. Pois é, sou destes que de tempos em tempos sente a necessidade de voltar pra base, como disse o Mano Brown. Sempre que olho em volta e percebo que andei um bom tanto pelas alamedas eu costumo parar de andar para me certificar de que não me afastei de alguns ideais que acho indispensáveis para o meu progresso. Acho que a imagem de capa da edição que tenho desta obra aviva minha mente e meu coração. Afinal de contas, uma rosa feita de tijolos representa muito do que vivi e muito do que desejo para o futuro. É aquela célebre frase da qual nunca vou esquecer: “minha poesia vem das ruas que os anjos não costumam frequentar”. Saber deste tipo de coisa é sempre muito importante, porque faz muita diferença na vida de um sujeito como eu, que penso como eu penso e que sente como eu sinto, que anda por aonde eu ando e que também escolheu o amor como sendo a sua fé.

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Estou em paz

Ando em dois mundos e agora estou distante da mata mais verde que já vi O vento castiga minha face e afaga um varal colorido que tremula Sinto que minha alma revive O cheiro do monóxido de carbono carimba meu pulmão E um pássaro canta no alto de uma árvore Contudo, sem asas, porém, também divino, um mano desconhecido corre o olho pelo trampo Sei que a calçada me abriga desde muito jovem Seja palavra Seja tinta Seja madeira Seja ferro, fogo ou brasa O que mais importa é ser Ser como se nasceu Honesto consigo e o mundo em nossa volta E ao tempo em que me sirvo da situação e anoto, estou em paz comigo mesmo Estou livre Estou participando da mudança Estou em casa Estou na rua Estou esparramando um tanto do que brota em meu coração E olhando o varal e coringando o pano, sei que ando em dois mundos Com os mesmos pés O mesmo espírito A mesma alma E a mesma satisfação de ser

O contato

O serviço começou com o enterro do contato. Quem entregou o dinheiro nunca voltou para casa. E o atirador deu um cuspe em cima da terra que usou para cobrir o corpo. Quem pagou não falou com ele. E quem foi fichado em sua caderneta não sonhou de noite. Uma bala. A cabeça de um lado. E o corpo do outro. Como sempre!

Vida real

Ontem, pela manhã, encontrei um amigo de longa data. Há muito tempo que não o via. Como sempre, mantivemos distanciamento, conversamos ao ar-livre, usamos máscaras, enfim, sustentamos o protocolo adequado em relação à pandemia. Ele me contava que andava batendo cabeça por conta da postura das redes-sociais atreladas ao executivo Zuckerberg. Enfim, meu objetivo não é massacrar o executivo ou seus usuários, apenas abordar alguns pontos, sobre a conversa que tive com meu amigo oculto, que prefere não ser identificado. Durante a nossa prosa, ficou claro que, tanto ele, quanto eu: não entendemos como um executivo de ponta, como já ouvimos muita gente chamando, tem tanto problema ou falta de escrúpulos com os dados alheios. A falta de segurança em seus empreendimentos é assustadora. Ao mesmo tempo em que tudo é moldado e cheio de etiquetas — leia-se cerimônias — o homem não consegue ter cuidado com seus usuários, embora fale disso em muitos momentos e veículos de comunicação. Chegamos à conc...