Estou relendo o magnífico livro
Flores de Alvenaria do Sérgio Vaz. De
tempos em tempos eu faço estas coisas. Tenho costume de reler livros que
tocaram meu coração e minha alma. Faço isto para renovar-me por dentro e por
fora. O que posso dizer é que uma obra como esta, que seguro em minhas mãos, dá
um alento do caralho. Pois é, sou destes que de tempos em tempos sente a
necessidade de voltar pra base, como disse o Mano Brown. Sempre que olho em
volta e percebo que andei um bom tanto pelas alamedas eu costumo parar de andar
para me certificar de que não me afastei de alguns ideais que acho indispensáveis
para o meu progresso. Acho que a imagem de capa da edição que tenho desta obra
aviva minha mente e meu coração. Afinal de contas, uma rosa feita de tijolos
representa muito do que vivi e muito do que desejo para o futuro. É aquela
célebre frase da qual nunca vou esquecer: “minha poesia vem das ruas que os
anjos não costumam frequentar”. Saber deste tipo de coisa é sempre muito
importante, porque faz muita diferença na vida de um sujeito como eu, que penso
como eu penso e que sente como eu sinto, que anda por aonde eu ando e que também
escolheu o amor como sendo a sua fé.
O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se