Estava
limpando meus livros quando me deparei com uma obra fantástica: O Livro dos
Abraços de Eduardo Galeano. Uma de minhas leituras favoritas. É uma edição da
L&PM de 1997 que carrego dentro de minha mochila. Gosto de ler pequenos
trechos sempre que tenho um tempo e desde que comprei este livro nunca me
separei dele. É uma obra que fala de sonhos e memórias. E que se apresenta dividida
em pequenas passagens. Vejo este livro como uma obra que fala da América Latina
e seu povo. Acho que é uma leitura com capacidade para mexer com os sentimentos
de qualquer um. E como sou um rapaz latino-americano sem dinheiro no bolso como
cantou Belchior me identifico muito com as passagens que compõem tal livro. O Galeano
chega ao meu coração com maestria em tal obra. E certamente é uma das leituras
mais aconchegantes que já experimentei. Quando penso em literatura feita na América
Latina o nome de Galeano é um dos primeiros que ocupa minha mente. E o Livro
dos Abraços aviva-se automaticamente em minha memória e minha alma.
O artista que expõe seu trampo na rua tem um retorno enorme. Nos últimos 90 dias fiz um estudo no qual comparei a resposta que tive empregando esforço na internet com o que consegui expondo nas praças. A ideia de fazer tal pesquisa surgiu a partir de um papo com colegas e amigos – um debate muito antigo, recorrente e maçante. Inclusive, me comprometi de apresentar dados e tenho fotos para comprovar minhas constatações. Então, esta semana, cheguei ao veredito. E é claro que o retorno da rua superou o que fora realizado através de postagens. Principalmente quando se compara a medida de esforço para realizar cada um deles em relação ao engajamento, palavra da moda. E, conforme combinado, ontem, concretizei minha despedida on-line. Este era o trato. Se a internet superasse a rua, assumi o compromisso de cessar com o mangueio e vice-versa. É importante registrar, que me propus a realizar tal trabalho porque queria saber outro dado: qual é a disposição do artista para sair a campo com se