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Quem tem uma lona, tem tudo

Esta semana tive algumas experiências que me deixaram surpreso. Pois, me dei conta de que estava acelerando meu dia e não gostei de constatar tal fato. Quando a gente corre demais abdicamos da reflexão e nos tornamos massa de manobra. Então pensei, não posso me deixar levar, porque me recuso a entrar em tal órbita. Acho que a sociedade moderna tem transtorno de atenção e muita pressa. Só que eu decidi trabalhar com arte e estudar alquimia justamente para não precisar compactuar com este tipo de comportamento. Em meu modo de ver, a conduta moderna é, na maioria das vezes, uniforme. E sempre que a gente age, estamos influenciando a vida dos demais e nem todo mundo atua como quem entende que não está sozinho no mundo. Eu me pergunto: mas, afinal de contas, estão participando de tal jogo por quê? Deve ser por conta da tal aposentadoria, que chega na hora em que a gente vai morrer de velho, mas acaba nos matando de fome. Você já deve ter ouvido alguém dizer: quem corre muito não transa e não ganha dinheiro. Pois bem, eu curto transar e gosto de ganhar o meu. Tudo tem seu tempo. Nunca trampei e nunca vivi com pressa. E tenho plena certeza de que sempre consegui lances legais com meus projetos pessoais e profissionais porque não me deixei adestrar pelo sistema. Essa afobação que apanha a maioria das pessoas não faz minha cabeça e vou continuar fazendo o que tenho de fazer, mas com a atenção e o tempo do qual preciso. Eu já tenho a minha lona. E quem tem uma lona, tem tudo.

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Estou em paz

Ando em dois mundos e agora estou distante da mata mais verde que já vi O vento castiga minha face e afaga um varal colorido que tremula Sinto que minha alma revive O cheiro do monóxido de carbono carimba meu pulmão E um pássaro canta no alto de uma árvore Contudo, sem asas, porém, também divino, um mano desconhecido corre o olho pelo trampo Sei que a calçada me abriga desde muito jovem Seja palavra Seja tinta Seja madeira Seja ferro, fogo ou brasa O que mais importa é ser Ser como se nasceu Honesto consigo e o mundo em nossa volta E ao tempo em que me sirvo da situação e anoto, estou em paz comigo mesmo Estou livre Estou participando da mudança Estou em casa Estou na rua Estou esparramando um tanto do que brota em meu coração E olhando o varal e coringando o pano, sei que ando em dois mundos Com os mesmos pés O mesmo espírito A mesma alma E a mesma satisfação de ser

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