Ando com meus pensamentos. Regando as
plantas. Desenhando. Limpando os livros e os restaurando com paciência. Sinto um
ar filosófico em meu entorno. Acho que algo bom me mantém a salvo das loucuras
mundanas. Como se meu corpo, meu espírito e minha mente estivessem
estabilizados sobre uma rocha que abarca muitos saberes. É um tempo de retiro. Um
espaço que aprendi a cultivar como quem busca viver o dia com felicidade e deseja
aprender algo novo sempre que possível. Mantenho-me confiante na estrada que se
apresenta diante de meus objetivos. Não estendo minhas escolhas ao todo. E por
conta de tal liberdade tomo a minha em mãos. Faço como sinto. E sigo meu
caminho ao tempo em que me amparo em uma intuição que me é latente e
confortável em relação ao meu modo de vida liberto e avesso ao status quo.
O serviço começou com o enterro do contato. Quem entregou o dinheiro nunca voltou para casa. E o atirador deu um cuspe em cima da terra que usou para cobrir o corpo. Quem pagou não falou com ele. E quem foi fichado em sua caderneta não sonhou de noite. Uma bala. A cabeça de um lado. E o corpo do outro. Como sempre!