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Mostrando postagens de julho, 2021

Um dia ensolarado e os preparativos para o frio histórico

A temperatura ultrapassa os vinte graus. Em meio a tal identificação é evidente que este calor é uma surpresa — afinal de contas, vivemos a estação invernal, aqui no Sul do Brasil. A meteorologia comunica que estamos sujeitos a uma onda de frio polar avassaladora. A qual é classificada como sendo uma das mais intensas historicamente falando. Em tal instante, posso dizer que me sinto cansado, pois a última semana foi corrida devido aos preparativos para a chegada do frio extremo tão amplamente anunciado. Todo ecossistema fora preparado para suportar as baixas temperaturas vindouras. O conforto térmico deve se manter controlado assim como a umidade; uma grande quantidade de alimento foi disponibilizada e a essência e o extrato estão acomodados e armazenados da melhor maneira possível. Ao tempo em que escrevo tal texto escuto o vento forte e morno que soa através da janela e observo as nuvens alterando a composição do céu. Com tudo pronto: é o momento de sentar e esperar.

A torre mais linda do mundo

Acordou e sentou-se na cama. Tomou um gole de água. A temperatura era fria por demais e voltou para debaixo dos cobertores. Abriu a gaveta do criado-mudo ao lado da cama e começou a anotar. Teve um sonho bonito e não queria perder a ideia. Sentia-se invadido por um sentimento extremamente terno. Em seu sonho, lembrava-se de um círculo amarelo e muito luminoso. Um círculo do qual emergia uma voz serena e encantadora. Foi quando uma escada rodeada de arbustos materializou-se diante de seus olhos. Laus ouvia um chamado e quando se deu conta subia os degraus. Rapidamente chegou a um patamar elevado diante de uma torre imensa. Tão alta que ultrapassava as nuvens. Feita inteiramente de enormes blocos de pedra, sua fundação ultrapassava qualquer medida que houvesse visto durante toda sua vida. Embora a ausência de porta, sentia que deveria entrar na torre. Ao menos era a sensação que decodificava através da sua intuição. Mas, como?, pensava. No mesmo instante, um elevador de aço reluzente e s

Ao desvendar da luz

O inverno deste ano é um dos mais gelados nos últimos tempos. A temperatura mantém-se constantemente abaixo de zero. As geadas estão cada vez maiores e não se pode deixar apagar o fogo dia e noite. O jeito é ficar embrenhado na rocha. A sensação térmica lá fora é mais do que congelante e certamente tem o poder de adoecer qualquer um que não esteja usando um poncho de pura de lã e um gorro tão quente quanto. Não espero temperaturas amenas antes do final de setembro. Sinto-me tranquilo diante de tal situação porque vivo como uma formiga há muitos anos. Aproveito o verão e mantenho-me durante o inverno. Viver com menos é uma lição que aprendi ainda criança. Foi o modo como consegui equilíbrio. Concentrei meus esforços durante muitas luas para a criação de um ecossistema sustentável com a finalidade de organizar a vida com mais calma durante as épocas mais frias do ano e destinei muitas horas de leituras e experimentações até conseguir desenvolver um modelo favorável diante de situações as

03 de julho

Acordei cedo. Era o dia de tomar a primeira dose da OXFORD contra a Covid-19. Um dos dias mais esperados há mais de um ano. Achei que tal data não chegaria. Já não tinha mais esperanças de me vacinar em 2021. Mas, felizmente, consegui. Creio que posso considerar esta data como uma das mais importantes de minha vida. Saí de casa sentindo um monte de coisas. Sentindo que havia esperança no ar. Andando pela rua deserta, tinha de me controlar para não começar a correr, tamanha a ansiedade em chegar ao local da vacinação. Uma distância de 3 km. Em 30 minutos de caminhada, cheguei ao local. A fila já tinha três quarteirões. Plantei-me ali e olhei para o céu, “obrigado”, pensei, enquanto agradecia ao cosmo. Esperei um bom tempo até chegar minha vez. Foi muito tranquilo. Não senti a picada. Eu me sentia tão feliz, mas tão feliz, que minha vontade era gritar. Enquanto passava pelas pessoas na fila de vacinação percebia que me olhavam. Acho que pensavam algo. Não sei o que exatamente. Eu sorria,