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Mostrando postagens de outubro, 2018

Coração selvagem

o sol bate em meu corpo e o que vejo ao meu redor é uma imensa estepe cruzada por vários rios e vales e os melhores cavalos de que já ouvi falar o meu avô sempre disse que essa planície é sagrada e por isso eu cresci ouvindo todo tipo de fábula a respeito desse chão eu sou um homem livre no lombo de um cavalo eu ganhei um arco que canta e um laço de 12 braças e os dois são feitos para guardar o nosso coração e proteger um semelhante eu sou um homem de dois mundos eu tive a chance de escolher o que fazer de minha vida e sempre me senti como alguém que carregava um coração selvagem para comandar a minha cabeça e fiz o que sentia vontade eu sempre fiz minhas escolhas e por conta delas em meus ouvidos sopraram mensagens de força e paz era a lei do arco e a lei do arco é uma canção para um homem de bom coração e os mais velhos disseram-me que devia colar a minha orelha ao campo nativo para

Os pássaros e suas canções

chuva na lona fogo rasteiro e cheiro de terra umedecida no ar meus olhos preguiçosos contemplam ao longe de uma grande invernada e o que vejo me acalma sinto que estou no paraíso sinto que o mal morreu sinto que algo sereno invadiu meu espírito e libertou meu corpo e minha mente estou longe estou ao pé do fogo estou livre estou a ouvir os pássaros e suas mais belas canções que falam de paz

Dia do professor e um textão em bloco

É um dia de muito sol. De céu azul feito anil. Segunda-feira, 15 de outubro de 2018. Por certo, hoje sim, haveria de ser feriado. Afinal de contas, sem ele, não existiria partilha de conhecimento. Pois, foi um professor, quem nos ensinou a escrever. Foi ele, o professor, quem nos ensinou a ler. Foi o professor, quem nos ensinou a História. E mais, foi um professor, quem nos deu ideia de Biologia. Foi um professor, quem falou para cada um de nós, sobre os elementos químicos. Sim, foi um professor, quem passou ciência ao nosso médico, leitor. Pois é, foi um professor, quem repartiu o seu saber quanto à construção de um motor. Sim, foi um professor, quem nos instruiu, em todas as áreas possíveis, quando o assunto é conhecimento. E, hoje, é um dia para que este profissional, tão dedicado, receba felicitações e respeito. Mas, por qual razão temos um dia para festejar o ofício de ser professor? Porque uma categoria banalizada a todo instante, precisa de um dia para que todos se lembrem del

Um dia para ler “70 Historinhas” de Carlos Drummond de Andrade

É um dia de chuva. Faço um breve passeio para além da minha casca de caramujo e observo: nada novo no front. Volto aqui para dentro e lá pelas tantas, acho um livro meio amarelado pelo tempo. Então penso, é este, certamente é bom e o capturo para ler, como se diz. Falo do livro “70 Historinhas” de Carlos Drummond de Andrade, uma compilação de prosa, que reúne uma seleção em formato de crônicas e contos em uma antologia versátil. É uma edição do outubro de 1978 e que foi arranjada nas oficinas da Compositora Helvética e impresso nas oficinas da Editora Vozes para a Livraria José Olympio Editora e tem 158 páginas da mais pura literatura. Uma obra, em que Drummond, em tom de um humor extremamente habilidoso e singular, presenteia o seu leitor com um grande número de situações geniais, que denotam o cotidiano e seus instantes inesperados, ao tempo em que exerce a sua sensibilidade como maestro da linguagem e observador de olhar cirúrgico. E é por essas e por outras, que acho que

Mundo novo

óh seu moço eu sou filho lá do morro sou lá da rua do socorro onde o amor é o nosso coro e o homem ainda sente vontade de mudar óh seu moço o que eu quero não é ouro o que eu quero não é osso o que eu quero é liberdade pra cantar o meu coro de novo óh seu moço o que eu quero não é rajada eu tenho mesmo é sede de gargalhada e o que eu sinto é uma vontade danada de brincar com a rapaziada e colocar todo mundo pra rir de novo óh seu moço o que eu quero é fazer poesia em coro até o dia raiar e sambar em um mundo muito melhor e muito mais novo

Por que o Brasil ama a ignorância

Sabe-se que o nosso país está ranqueado entre os países mais ignorantes do mundo. Um fato que pode ser rapidamente comprovado, com uma simples pesquisa no oráculo Google para encontrar diversos links a respeito. E isso quer dizer que o brasileiro desconhece a própria realidade quando indagado sobre vários assuntos, devido a suas respostas incoerentes ou incorretas. Pois é, um fato triste para nossa nação. Contudo, não é transformando o assunto em tabu que se muda tal realidade. Então, temos de debater exaustivamente a respeito, como alternativa para mudarmos tal situação. Afinal de contas, não é um título interessante para quem deseja causar uma boa impressão ao mundo ou proporcionar uma vida melhor aos seus cidadãos. Em meu modo de ver, é um tanto desnecessário gabar-se de ser ignorante, desinformado, desatualizado, ultrapassado e assim por diante, quando o assunto é a própria realidade, a própria nação. E, quando se fala em nação, aborda-se a comunidade, o todo. Porém, um país