o vento assoviava e de longe eu via, que o tempo não brincava e levantava as nuvens. até redemoinho tinha, bem no meio da estrada, lá no cruzo das 4 bocas. eu não tinha outro escape e para me esconder da chuva, bati na porta do Vivente. o Vivente é boa gente e meu amigo em quantia. já de saída serviu um bom tanto de bolo frito para comer com mel e um verde bem cevado. e foi assim que passei, um dia inteiro, contando e ouvindo causos. pois é, a vida no cruzo das 4 bocas é bem mais vagarosa. e depois, bem como disse o Vivente: um condão de prosa é o melhor jeito de passar o tempo e esperar pela chuva.
Literatura, arte e conhecimento