Eu ainda acredito no amor Mesmo que no mundo Ainda exista muita dor Sou chapado de poesia E viciado em rima Sou doutor da alma E vivo como se fosse flor Ando de dia e de noite Sempre na mesma trilha Não corto caminho Nem engasgo no verso Agora é minha vez de rasgar o verbo Conheço muitas histórias reais Que rolam em telejornais Sei que tem fome no mundo E muita promessa sem paz Já vi muito defunto Que achava que não podia virar presunto Sendo alocado em sete palmos Embaixo do mundo O mundo é imundo Mundo Mundo Mundo louco de roleta-russa Um tiro de fuzil E muito sangue na blusa Meu Deus Meu Deus Me acuda E quem puder Que chame seu Buda Vejo gente negligenciada o tempo todo Enquanto os caras que comandam o Estado Andam de avião e terno fino o dia todo Se fazem de loucos E a população se vira Para engolir tudo que é tipo de osso É pouco É osso É pouco É osso Dizem que a população tem que comer é bala de fuz
Literatura, arte e conhecimento